AS VILAS OPERÁRIAS
A preservação da memória colectiva, que se consubstancia e subsiste, de uma forma mais ou menos acentuada (consoante os casos), em determinados conjuntos urbanos cujo valor é significativo, não só ao nível patrimonial, mas também pela relevante dimensão, que tais espaços assumiram na vida de sucessivas gerações, conclui-se ser imprescindível reconhecer
o valor e a especificidade dos elementos edificados que toponimicamente se designam por Pátios e Vilas.
Enquanto estruturas urbanas, os Pátios e Vilas revestem-se do maior interesse e importância para a compreensão da malha urbana da Cidade de Lisboa, pela sua história, dimensão estética e social, sendo de destacar que tais conjuntos apesar de se distinguirem nas suas causas e origens, constituem exemplos notáveis de soluções construtivas e de concepções arquitectónicas com características únicas, nomeadamente ao nível das artes decorativas aí manifestadas.
Os Pátios e Vilas nas suas diversas tipologias, são testemunhos vivos e documentam manifestações sociais ao nível da fixação das pessoas no espaço urbano, tendo ao longo dos tempos passado por diversas fases e caracterizações, constituindo igualmente um modo específico de construir Lisboa, com destaque nomeadamente, para a transição entre o séc. XIX e o séc. XX, em pleno advento da industrialização, período esse em que os núcleos urbanos se assumiram como espaços contemporâneos de vivências, que nas suas diversas vertentes constituem um valor a preservar.
Ainda hoje, é bastante significativo o número de habitantes que residem nestes conjuntos urbanos e que devido à sua estruturação espacial geram relações de sociabilidade, papéis e interacções estabelecidas numa rede de vizinhança e de solidariedade social definindo um determinado modo de viver a Cidade.
O pendor e a vocação eminentemente residencial destas “ilhas”, no meio da Cidade, que representam um pólo de resistência à terciarização crescente dos centros urbanos, constituem-se como um dos últimos redutos de vivencias e sociabilidades de reminiscência rural, que tanto contribuíram para referenciar as memórias, que possuímos da cidade Capital.
Normalmente, a população residente dos Pátios e Vilas circunscreve-se às relações de vizinhança no estabelecimento de redes de sociabilidade e no combate ao isolamento urbano, cujo cenário é de forte investimento afectivo, e onde o significativo índice de enraizamento local, encontra, a sua explicação no longo tempo de ocupação dos fogos, nos laços de parentesco originais, e nos que ali se estabeleceram, bem como a similitude das origens sociais, factores estes que conferem um carácter única á vivência humana que se estabelece nos Pátios e Vilas.
A característica actual, quase comum a todos os Pátios e Vilas, é o seu estado de elevada degradação e de ausência de infra-estruturas, sendo urgente proceder á reabilitação destes conjuntos urbanos, que devido ao seu valor histórico e cultural, á sua importância física e social, pelo seu interesse arquitectónico e estético urge preservar.
VILA ROSÁRIO
Travessa do Bahuto nº 31
Bahuto nome proveniente da enorme quinta que em 1770 ocupava toda a área a sudoeste da Rua de Campo de Ourique, na altura chamada Rua dos Pousos, até á Rua Saraiva de Carvalho, na altura Caminho dos Prazeres. Bahuto era, muito presumivelmente, a alcunha do indivíduo que ali se fixou.
Sabemos que Bahuto é a mais antiga das formas que reveste a palavra Baú (barriga) ou Baul, e às vezes mais popularmente Baúlo. Com base neste sentido, a palavra terá sido empregue para nomear Qualquer pessoa gorda.
A preservação da memória colectiva, que se consubstancia e subsiste, de uma forma mais ou menos acentuada (consoante os casos), em determinados conjuntos urbanos cujo valor é significativo, não só ao nível patrimonial, mas também pela relevante dimensão, que tais espaços assumiram na vida de sucessivas gerações, conclui-se ser imprescindível reconhecer
o valor e a especificidade dos elementos edificados que toponimicamente se designam por Pátios e Vilas.
Enquanto estruturas urbanas, os Pátios e Vilas revestem-se do maior interesse e importância para a compreensão da malha urbana da Cidade de Lisboa, pela sua história, dimensão estética e social, sendo de destacar que tais conjuntos apesar de se distinguirem nas suas causas e origens, constituem exemplos notáveis de soluções construtivas e de concepções arquitectónicas com características únicas, nomeadamente ao nível das artes decorativas aí manifestadas.
Os Pátios e Vilas nas suas diversas tipologias, são testemunhos vivos e documentam manifestações sociais ao nível da fixação das pessoas no espaço urbano, tendo ao longo dos tempos passado por diversas fases e caracterizações, constituindo igualmente um modo específico de construir Lisboa, com destaque nomeadamente, para a transição entre o séc. XIX e o séc. XX, em pleno advento da industrialização, período esse em que os núcleos urbanos se assumiram como espaços contemporâneos de vivências, que nas suas diversas vertentes constituem um valor a preservar.
Ainda hoje, é bastante significativo o número de habitantes que residem nestes conjuntos urbanos e que devido à sua estruturação espacial geram relações de sociabilidade, papéis e interacções estabelecidas numa rede de vizinhança e de solidariedade social definindo um determinado modo de viver a Cidade.
O pendor e a vocação eminentemente residencial destas “ilhas”, no meio da Cidade, que representam um pólo de resistência à terciarização crescente dos centros urbanos, constituem-se como um dos últimos redutos de vivencias e sociabilidades de reminiscência rural, que tanto contribuíram para referenciar as memórias, que possuímos da cidade Capital.
Normalmente, a população residente dos Pátios e Vilas circunscreve-se às relações de vizinhança no estabelecimento de redes de sociabilidade e no combate ao isolamento urbano, cujo cenário é de forte investimento afectivo, e onde o significativo índice de enraizamento local, encontra, a sua explicação no longo tempo de ocupação dos fogos, nos laços de parentesco originais, e nos que ali se estabeleceram, bem como a similitude das origens sociais, factores estes que conferem um carácter única á vivência humana que se estabelece nos Pátios e Vilas.
A característica actual, quase comum a todos os Pátios e Vilas, é o seu estado de elevada degradação e de ausência de infra-estruturas, sendo urgente proceder á reabilitação destes conjuntos urbanos, que devido ao seu valor histórico e cultural, á sua importância física e social, pelo seu interesse arquitectónico e estético urge preservar.
VILA ROSÁRIO
Travessa do Bahuto nº 31
Bahuto nome proveniente da enorme quinta que em 1770 ocupava toda a área a sudoeste da Rua de Campo de Ourique, na altura chamada Rua dos Pousos, até á Rua Saraiva de Carvalho, na altura Caminho dos Prazeres. Bahuto era, muito presumivelmente, a alcunha do indivíduo que ali se fixou.
Sabemos que Bahuto é a mais antiga das formas que reveste a palavra Baú (barriga) ou Baul, e às vezes mais popularmente Baúlo. Com base neste sentido, a palavra terá sido empregue para nomear Qualquer pessoa gorda.
Vila Maia
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